segunda-feira, 23 de julho de 2007

Oi! Muito prazer. Eu sou a Biblió. É. De Uma Graça de Traça, do Carlos Urbim. Sabem o quê o meu pai disse antes de eu nascer? Quese eu tivesse uma irmã ela se chamaria Teca. Bilió-Teca. Ah, mas os meus irmãos são todos homens, e eu gosto mesmo é de Biblió, sabem por quê? Por que eu acho o acento no ó trisimpático.
Vocês sabem onde eu moro? Não? Eu moro na biblioteca infantil de uma velha escola. Lá tem livros maravilhosos, com histórias fantásticos, que eu faço viagens para lugares onde eu jamais poderia ir. Tem livros bem pequeninos, livros médios e livros bem grandões, com lidos desenhos e imagens. E sabem quem mora lá nessa escola onde eu trabalho, só que é numa gaveta na sala dos professores? Ahhhhhhhh, é o Tracinho, o meu namorado! Ele é a coisa mais querida. Sabem o que ela me dá de presente, além dos bilhetinhos de amor, é claro? Papeizinhos de bombom, com este barulhinho, roc-roc,roc, porque nós não roemos os livros que são úteis, principalmente os livros para as crianças. Eu gosto de muitos e muitos assuntos, mas os os livros que me encantam mesmo são os infantis.
Ah, mas eu preciso contar uma coisa muito desagradável para vocês. Vocês têm livro em casa? E aqui na escola tem bilioteca? Então vocês tem que cuida-los de alguém que até é bonita esteticamente, mas é muito triste porque não aprendeu a ler e escrever. Vocês têm que cuidar os livros da BRUXA ANALFABETA.
Ahhhh, preciso contar uma coisa boa para vocês agora, o meu autor, o Carlos Urbim me explicou porque eu sou assim, tiantenada, é porque eu sou gaúcha.
Agora eu sou uma traça feliz porque sei ler, escrever, e até fazer poemas. Minha mãe me contou que eu aprendi a ler e escrever com mais ou menos seis meses de idade porque vida de traça é diferente da vida dos guris e das gurias.
No início eu roia tudo que vinha pela frente, devorei coleções inteirinhas de contos de fadas, mas depois que eu percebi que livro traçado é livro inutilizado eu nunca mais roí.
Ah, mas vou ter que contar uma outra coisinha meio desagradável para vocês. Não sei em que ano eu nasci, nem posso fazer meu mapa astral porque assim como a Bruxa Analfabeta, as minhas primas também são tristes. Elas não aprenderam a ler e escrever. Vocês têm que cuidar os livros em casa e aqui na escola por causa das minhas primas.
Ainda bem que eu sei ler. Sabem que eu adoro ler. Já trabalhei no Arquivo Histórico de Porto Alegre, na Casa de Cultura Mario Quintana. É. Dizendo os poemas do Quintana. Uma delícia. Difíceis mais muito interessantes! E adoro também me apresentar em Feiras de Livros e nas escolas de todo esse Rio Grande.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Apresentação











O teatro infantil é um recurso que deve ser utilizado na escola pública, incentiva a imaginação, a inclusão e promove a cultura.